Sistema Genital
1. Sistema Reprodutor Masculino
1.1. Pênis
Parte do sistema reprodutor masculino responsável pela copula, instrumento no qual os espermatozoides são ejaculados no interior do aparelho reprodutor feminino.
Consiste de corpo cilíndrico coberto por pele relativamente frouxa, com a extremidade expandida, formando a glande. A pele continua ao redor da glande, identificada como o prepúcio. O pênis é formado por três corpos cilíndricos (dois corpos cavernosos e um esponjoso), cada um dos quais é envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo que está coberta de pele. Tem sua origem no tecido conjuntivo ricamente vascularizado chamado tecido erétil, e apresenta diversas cavidades esponjosas que se enchem de sangue durante a estimulação sexual, promovendo o seu enrijecimento e alongamento/ereção. Os dois corpos cilíndricos dorsais são chamados corpos cavernosos do pênis.
Anatomia externa do sistema genital masculino
- Testículos;
- Epidídimo;
- Corpos cavernosos;
- Prepúcio;
- Membrana;
- Abertura da uretra;
- Glande;
- Corpo esponjoso;
- Corpo do pênis;
- Saco escrotal (escroto)
Tamanho e crescimento
O crescimento do pênis ocorre assim que o menino adentra a puberdade, fase em que todas as características sexuais e os órgãos reprodutores começam a se desenvolver. O crescimento do pênis se dará normalmente até aos 18 anos de idade. Durante este processo ocorre também o crescimento dos pelos púbicos. Como regra geral o pênis de um animal é proporcional ao seu tamanho, mas tal fato varia muito entre as espécies. O gorila, por exemplo, apesar de seu tamanho ser grande, tem o pênis menor que o do chimpanzé. Comparativamente o pênis humano é maior em relação ao seu tamanho do que qualquer outro primata.
1.2. Saco Escrotal, Bolsa Escrotal ou Escroto
Camada de pele que envolve e protege os testículos.
Um espermatozoide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C).
Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3°C abaixo da corporal.
Como a função do escroto é manter os testículos a uma temperatura inferior à do resto do corpo. O calor excessivo destrói os espermatozoides. Sendo um músculo, o escroto contrai-se e distende-se, conforme seja necessário aumentar ou reduzir, respectivamente, temperatura no seu interior.
Embora a temperatura ideal varie conforme a espécie, nos animais de sangue quente parece haver uma maior necessidade de controle, e daí a necessidade e evolução do escroto, apesar dos riscos por não oferecer proteção aos testículos.
1.3. Corpo Cavernoso
No interior do pênis existe uma região abaixo da uretra, que pode ficar com seus vasos sanguíneos muito cheios quando o homem está excitado. O corpo cavernoso é cheio de vasos que ao se encherem de sangue promovem a ereção.
1.4. Corpo Esponjoso
No interior do pênis existe outra região, envolvendo a uretra que apresenta espaços vazios, ou seja, cheios de ar, que permitem aos vasos sanguíneos ocuparem espaços quando o homem fica excitado. Quando o vasos se enchem eles aumentam de volume precisando se expandir e assim, ocupando mais volume.
1.5. Túbulos Seminíferos
São ductos que conduzem o líquido seminal produzido nas glândulas como a próstata, as vesículas seminais e a glândula de Cowper.
1.6. Bexiga
Órgão do aparelho excretor, a bexiga é ligada ao pênis através da uretra. Sendo muito ácida em sua composição, compromete a vida dos espermatozoides e por este motivo antes da ejaculação uma pequena gota de sêmen ou esperma passa pela uretra para limpar o caminho e tirar a acidez provocada pela urina, que é letal aos espermatozoides. A uretra é também o canal por onde passa a urina, através do pênis. Mas quando o esperma está saindo, um músculo perto da bexiga fecha a passagem da urina. Por isso os dois nunca saem ao mesmo tempo.
2. Sistema Reprodutor Feminino
O sistema reprodutor feminino é responsável pela produção de óvulos e hormônios, pela criação de condições propícias à fecundação e, quando esta ocorrer, pela proteção ao desenvolvimento do embrião. Está constituído basicamente pelos ovários, trompas de Falópio, útero, vagina.
O aparelho reprodutor feminino compõe-se de órgãos genitais externos, composta pelos pequenos e grandes lábios vaginais e pelo clitóris que em conjunto formam a vulva. O útero só começa a crescer na puberdade. Os ovários produzem os hormônios femininos e armazenam os óvulos. As trompas de Falópio ligam o útero aos ovários e estão posicionadas de tal forma que o óvulo, quando expelido do ovário no momento da ovulação, consegue chegar a elas com facilidade. A anatomia da vagina permite receber o pênis e serve de canal para o parto do bebê. O hímen é uma delicada membrana incompleta que protege a entrada da vagina antes da primeira experiência sexual. Esta é a membrana que se rompe quando a mulher tem a sua primeira relação sexual. Na maioria das meninas, o hímen não é uma cobertura total, mas contém perfurações que permitem a passagem de fluxo menstrual.
2.1. Órgãos Genitais Internos
- Ovários
Representam as gônadas femininas. Correspondem a duas glândulas mistas com um formato semelhante ao das amêndoas, medindo aproximadamente 4 cm de comprimento por 2 cm de largura. Localizam seno interior da cavidade abdominal, nos lados direito em esquerdo do útero.
São responsáveis pela produção de óvulos e secreção dos hormônios estrógeno e progesterona. Cada ovário apresenta duas regiões distintas, sendo a mais externa denominada de cortical, e a mais interna denominada de medular. A região cortical é coberta pelo epitélio germinativo. Nas crianças, ele apresenta um aspecto liso de cores branquiada. Na mulher adulta, assume um tom acinzentado com uma série de cicatrizes que correspondem às ovulações ocorridas. Após a menopausa, os ovários apresentam superfície enrugada, devido às inúmeras ovulações ocorridas ao longo da vida reprodutiva da mulher. No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários.
Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gameta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário. O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias.
- Tubas uterinas ou ovidutos ou trompas de Falópio
São dois ductos que unem o ovário ao útero. A extremidade livre de cada trompa, alargada e franjada, situa-se junto a cada um dos ovários. O interior dos ovidutos é revestido por células ciliadas que suga o óvulo, juntamente com o líquido presente na cavidade abdominal. No interior da trompa, o óvulo se desloca até a cavidade uterina, impulsionado pelos batimentos ciliares. As tubas uterinas ou trompas de Falópio têm por função encaminhar o óvulo em direção ao útero. Elas são formadas por dois condutos com aproximadamente 12 cm de comprimento, localizados na cavidade abdominal.
Podemos distinguir três regiões diferentes em cada uma das trompas: a intramural, a ístmica e a infundibular. A primeira localiza-seno interior da parede uterina, atravessando-a e abrindo-se no interior do útero, através de um pequeníssimo orifício. A porção intermediária ou ístmica representa maior parte da trompa e também a mais estreita. Na extremidade oposta à porção intramural, encontra-se a porção infundibular que é mais dilatada. Possui is bordas franjeadas (fímbrias) que ficam em contato com os ovários e são responsáveis pela captura do óvulo quando ele eclode na superfície dos ovários. É no interior da região infundibular das trompas que ocorrem o processo de fecundação e a formação do zigoto, o qual é conduzido ao útero para a nidação.
- Útero
É um órgão musculoso e oco, do tamanho aproximadamente igual a uma pera. Em uma mulher que nunca engravidou, o útero tem aproximadamente 7,5cm de comprimento por 5cm de largura. Os arranjos dos músculos da parede uterina permitem grande expansão do órgão durante a gravidez (o bebê pode atingir mais de 4 kg).
Podemos distinguir três regiões diferentes em cada uma das trompas: a intramural, a ístmica e a infundibular. A primeira localiza-se no interior da parede uterina, atravessando-a e abrindo-se no interior do útero, através de um pequeníssimo orifício.
A porção intermediária ou ístmica representa maior parte da trompa e também a mais estreita. Na extremidade oposta à porção intramural, encontra-se a porção infundibular que é mais dilatada. Possui as bordas franjeadas (fímbrias) que ficam em contato com os ovários e são responsáveis pela captura do óvulo quando ele eclode na superfície dos ovários. É no interior da região infundibular das trompas que ocorrem o processo de fecundação e a formação do zigoto, o qual é conduzido ao útero para a nidação.
O colo do útero é uma zona que une o útero à vagina, através de uma passagem chamada canal cervical. Por ação de um hormônio, o estrogênio, o colo do útero durante a ovulação produz um liquido viscoso que favorece a progressão dos espermatozoides para as trompas de Falópio. O colo do útero tem uma grande capacidade de dilatação que é regulada a nível hormonal e se manifesta no momento do parto, pois a criança ao nascer tem de passar através dele. O útero tem uma forma vagamente triangular, com a ponta virada para baixo, em direção à vagina. Na maioria das mulheres, o corpo do útero está dobrado ligeiramente para frente sobre a bexiga e de cada lado superior partem as trompas de Falópio. Na extremidade de cada trompa, prolongamentos em forma de dedo rodeiam cada um dos ovários. O interior do útero é revestido por um tecido ricamente vascularizado (o endométrio). A partir da puberdade, todos os meses, o endométrio fica mais espesso e rico em vasos sanguíneos, como preparação para uma possível gravidez. Deixando de ocorrer por volta dos 50 anos, com a chegada da menopausa. Se a gravidez não ocorrer, o endométrio que se desenvolveu é eliminado através da menstruação junto ao sangue.