Sistema Sensorial

1. Introdução

O ser humano possui cindo órgãos dos sentidos e está em contato com o meio ambiente através do tato, olfato, gustação, visão e audição.

Os órgãos dos sentidos levam informações do meio para o sistema nervoso e, dessa forma, contribuem para a manutenção do perfeito funcionamento do organismo.

Em cada órgão do sentido há três elementos nervosos:

- Receptor externo: recebe a impressão sensitiva na periferia do organismo;

- Transmissor: transporta essas impressões através de fibras nervosas;

- Receptor interno (cérebro): recebem do transmissor as impressões colhidas e as transportam em sensações.

 Este tipo de sistema é composto por um conjunto de sensores, localizados por todo o organismo, que detecta todos os tipos de informações gerados no organismo ou fora dele. Quando a informação é originada no interior do organismo, ela é interceptiva; quando originada no meio ambiente, é exteroceptiva. A audição, olfação, tato, visão e gustação são modalidades sensoriais que nos permitem explorar o meio em que estamos constituindo, portanto, informação exteroceptiva.

Uma vez detectada a informação, ela precisa ser conduzida até o SNC, onde é decodificada. Assim, podemos classificar os elementos que formam os sistemas sensoriais em: receptores sensoriais, que detectam o estímulo; circuitos sensoriais, por onde os estímulos são transportados até o SNC na forma de sinais elétricos e os centros superiores de integração, que identificam o sinal.

 2. Tato ou Somestesia

A pele, mucosa, músculos, tendões, periósteo e algumas vísceras apresentam receptores sensitivos na sua superfície, formando o sistema somestésico. Essa modalidade sensorial é subdividida em tátil, térmica e dolorosa.

Na sensibilidade tátil, a transdução de sinal é mediada por receptores mecânicos (mecanorreceptores), cuja estimulação se dá pela deformação da célula. Funcionalmente, esses receptores são divididos em mecanorreceptores de adaptação rápida e de adaptação lenta; os receptores de adaptação rápida respondem no início e no término do estímulo e os receptores de adaptação lenta respondem durante toda a estimulação; estão distribuídos pela epiderme (corpúsculos de Meissner e de Merkel, corpúsculos de Pacini e de Ruffini).

Vale ressaltar que os termorreceptores refletem a temperatura ambiente e não estão envolvidos com a regulação da temperatura interna do organismo; esta é detectada por termorreceptores no hipotálamo, e não pêlos cutâneos.

Os receptores para dor, conhecidos como nociceptores estão localizados na pele e em tecidos profundos, e sinalizam um estado de alerta, ou seja, se algo não está bem, precisa ser identificado e resolvido.

 3. Audição

O ouvido externo atua como receptor das ondas sonoras, sendo dividido em pavilhão auditivo ou orelha e canal auditivo. Ao contrário de alguns animais que possuem a capacidade de orientar livremente o pavilhão auditivo para captar com maior facilidade a fonte sonora, a orelha humana é imóvel O pavilhão auditivo é recoberto por uma estrutura cartilaginosa, à exceção do extremo inferior do lóbulo, que se apresenta carnoso e pendular. O rebordo externo, ou hélice da orelha, circunda uma segunda dobra interna, ou antélice, a qual, por sua vez, delimita a concha do canal auditivo. Na concha existem duas saliências, que constituem o extremo da antélice. O canal auditivo, delimitado por uma estrutura fibrocartilaginosa, apresenta pêlos e glândulas ceruminosas, que produzem o cerume ou cera, substância que protege o acesso ao ouvido médio.

Várias cavidades ligadas entre si, que constituem a denominada caixa do tímpano, formam o ouvido médio. Este se encontra limitado exteriormente pelo tímpano, membrana sensível que transmite as vibrações sonoras aos ossos do ouvido. O primeiro desses ossos, o martelo, está fixado à membrana timpânica, seguido da bigorna e do estribo, comunicando-se este último com a chamada janela oval, que marca a transição para o ouvido interno. A vibração desses minúsculos ossos, fixados à parede da cavidade auditiva por meio de pequenos ligamentos, reduz a amplitude das ondas sonoras que os atingem, ao mesmo tempo em que amplificam-lhes a intensidade. Esse sistema é fundamental para que as ondas que se propagam nesse meio possam passar ao meio líquido do ouvido interno.

A pressão do ar sobre ambos os lados do tímpano deve ser equivalente à atmosférica para que a transmissão dos sons seja adequada. Esse equilíbrio é alcançado pela trompa de Eustáquio, canal que comunica o ouvido médio à garganta. O ar contido na cavidade auditiva é absorvido pela mucosa que a recobre, sendo substituído pelo que penetra na trompa com a deglutição da saliva.

O ouvido interno, também denominado labirinto, devido a sua complexidade estrutural, consta basicamente de um conjunto de cavidades situadas na região mastoidea do osso temporal do crânio, as quais se encontram cheias de um líquido denominado perilinfa; e de um grupo de membranas internas, em cujo interior flui a chamada endolinfa. Assim, estabelece-se uma diferença entre o labirinto ósseo e o membranoso. A estrutura óssea é formada por três cavidades: o vestíbulo, em contato com o ouvido médio por meio da janela oval; a cóclea ou caracol, orgânulo disposto em espiral em torno de um eixo cônico; e os três canais semicirculares, ligados ao vestíbulo por cinco aberturas. Aos orgânulos ósseos correspondem várias partes membranosas do labirinto. Assim, ao vestíbulo correspondem dois divertículos membranosos, o utrículo e o sáculo, enquanto os canais semicirculares apresentam os condutos homônimos como equivalente membranoso. É nessas minúsculas estruturas que se localizam as células responsáveis pelo equilíbrio, as quais contêm os chamados estatolitos e otólitos, corpúsculos reguladores dessa função.

Na cóclea óssea está situado o canal coclear, sede do órgão de Corti. Este é o sistema terminal acústico e compreende os bastonetes de Corti, as células auditivas e seus correspondentes elementos de apoio. Em seu interior realiza-se a transformação das vibrações sonoras em impulsos nervosos que, transmitidos ao nervo acústico, passam ao cérebro.

 4. Gustação

Os receptores gustativos estão agrupados em papilas gustativas e podem ser encontrados não somente na língua, mas na faringe, epiglote e porção superior do esôfago. Eles são capazes de identificar o doce, salgado, azedo e amargo. O azedo e o amargo normalmente estão relacionados com substâncias nocivas, por isso produzem sensações desagradáveis. As papilas gustativas detectam o azedo pela acidez dos alimentos; o íon hidrogênio bloqueia os canais de potássio da célula gustativa, que, em paralelo à entrada de sódio e cálcio, gera um potencial de ação. As informações gustativas são transmitidas até o núcleo gustatório do núcleo do trato solitário (NTS) pêlos nervos facial e glossofaríngeo, sendo que o vago também transmite as sensações gustativas da epiglote e porção superior do esôfago.

 5. Olfato

Os dendritos dos neurônios olfativos se projetam para a superfície epitelial da cavidade nasal, expressando vários cílios na sua superfície. Nesses cílios são encontrados receptores, denominados receptores odoríferos, especializados em detectar o odor. A interação entre a molécula odorífera e seu receptor induz a geração de segundos mensageiros que aumentam a condutância da membrana do neurônio ao sódio e ao cálcio, disparando um potencial de ação que trafega até o córtex olfativo.

 6. Visão

A visão é um dos sentidos que não nos permite somente detectar a luz e as imagens, mas também nos permite interpretá-las, ou seja, vê-la. Por este motivo no sentido da palavra visão, requer a intercessão de zonas especiais do cérebro, que é chamado de córtex visual, essas zonas analisam e resumem as informações recolhidas como as formas, as cores, as texturas, etc.

No interior do olho está a Retina, que é composta de cones e bastonetes, onde se dá os primeiros passos do processo perceptivo.

As principais partes do olho humano são:

- A córnea: É a face do olho, é transparente e esférica.

- O cristalino: Tem a função de uma lente, pois é capaz de focalizar a luz que chega ao olho, formando a imagem na retina. A convergência do cristalino correta faz com que a imagem de um objeto fique bem clara e bem definida.

- A íris: é a parte colorida do olho, nela encontra-se a Pupila, que administra a quantidade de luz que entra no olho. Quando a Pupila é exposta a um local muito iluminado, ela diminui, este processo é chamado de miose, e quando está em um lugar mais escuro a Pupila aumenta processo denominado midríase.

- A retina: Parte do olho, onde é formada a imagem, ou seja, a retina capta as imagens e interpreta para o cérebro. É formado por duas células os cones e bastonetes. 

 

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